:::intensidade:::
- Jéssica Vieira
- 8 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Vivemos muito ligados à intensidade. Queremos que ambas qualidade e quantidade se encontrem em harmonia em algum momento da nossa vida. Isso é impossível. Podemos sempre tentar mas iremos acabar por cansar-nos por dar demasiado, tentar demasiado. Somos tão intensos que vivemos sempre em duas extremidades: a da felicidade e a da tristeza. Tão distantes e diferentes mas ao mesmo tempo tão conflituosos com a nossa existência e intensidade. Quando estamos no auge da felicidade apenas queremos mais. Queremos sempre mais. Portanto, qual será o erro em saborear mais um pouco de felicidade? Damos sempre mais valor ao estado em que estamos e não ao que nos fez chegar a determinado estado de espírito. O contrário acontece quando nos encontramos tristes ou em algum momento mau. Nesses temos sempre uma grande tendência em questionar a sua duração, nunca colocámos a opção de que possivelmente é passageiro.
Nunca vivemos o que é considerado normal. E o que é considerado normal? Algo que se encontre no meio, algo que nós quase desconhecemos porque queremos sempre mais, mais tristeza, mais alegria, mais intensidade. Demasiada intensidade, testámos os nossos limites quando disso se trata.
Qualidade e quantidade….De que nos adianta dar a maior quantidade de amor se não há qualidade? Por exemplo, porque é que continuamos a dar todo o nosso amor a quem não o sabe apreciar, guardar, valorizar? Há quantidade mas e a qualidade? Porque é que damos a quem não quer receber e recebemos de quem não queremos que dê? Somos quem julgamos. Porque é que nos sujeitamos a tentar encontrar harmonia para algo tão difícil de ser harmonizado? Oxalá aprendamos aos poucos que não é por eu ter muito que tenho bom e muito menos será que por ter pouco terei mau.




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