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comboios,

  • Foto do escritor: Jéssica Vieira
    Jéssica Vieira
  • 27 de jan. de 2019
  • 1 min de leitura

Estava aqui sentada e, após algum tempo de espera deparei-me perante uma analogia deveras interessante em meus pensamentos.

Nós humanos temos algo na nossa essência que nos relaciona com tudo o que nos rodeia. Já falei da comparação com as flores em que precisamos de ser regados com amor e carinho mas a comparação de hoje é diferente, é mais complexa.

Comboios. Hoje somos comboios. Falo mais uma vez sobre a nossa passagem. Tal como nós, eles vêm e vão e jamais é garantida a nossa viagem. E o que é garantido? Apenas a sua passagem. E aí entramos nós, carne e osso a ser comparado a um monte de mecânica. Nós somos a sociedade do masoquismo. Jamais deixamos alguém pensar que a nossa presença na sua vida é permanente, portanto tornamo-nos no comboio. Apenas passamos. Hoje estamos e amanhã não. Somos uma inconstante.

Pensemos que tudo o que damos é tudo o que recebemos e se hoje somos o comboio, amanhã poderemos ser o passageiro que o perde por um mísero minuto. Esforços. É tudo sobre esforços. Tal como o passageiro perde o seu comboio por não se ter esforçado tanto, nós perdemos presenças por esforços que, eventualmente, poderiam ter sido feitos.

E em tantas viagens, tantos passageiros e tantas essências, cada um vai deixando um pouco de si e ajudando a construir a nossa. (Mesmo assim o nosso ego é demasiado grande e não conseguimos agradecer pela viagem, pela adrenalina, pelo sentimento. Somos ingratos e não conseguimos ver que melhoramos a cada viagem, que fortalecemos a cada partida.)


 
 
 

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