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deixa-me deixar-te ir

  • Foto do escritor: Jéssica Vieira
    Jéssica Vieira
  • 30 de nov. de 2018
  • 1 min de leitura

Quem me dera deixar-te ir. Quem me dera que fugisses de mim como todos os outros. Quem me dera que fosse fácil como eu tanto desejo e imagino.

Persegues-me. Em todo o lado para onde vou lá estás tu como uma sombra, eu corro e tu corres atrás, eu fujo na tentativa de me esconder e tu encontras-me tão facilmente como se de um jogo se tratasse.

Deixa-me deixar-te ir. Eu estou cansada de te ouvir dizer que realmente sou um fracasso, que possivelmente ninguém se preocupa comigo e que jamais vou conseguir ultrapassar o passado mas por favor, por favor cala-te. Estou cansada. São anos, anos seguidos a ouvir-te gritar, a ver-te vir atrás de mim e ver-te transformar em todas as pessoas que convivem comigo. Deixa-me deixar-te ir. Não estás cansada de andar sempre atrás, de fazer sempre as mesmas vitimas, de gritar vezes seguidas a mesma coisa? Deixa-me deixar-te ir. Por favor.

Eu pensava que já estava tudo bem, que já tinhas partido mas voltaste como se nunca me tivesses deixado. Vai, vai como se fosses todas as pessoas que dizias que me iriam abandonar, abandona-me como elas fizeram ou como esperavas que elas tivessem feito. Apenas vai. Não te alimento há anos e tenho tentado viver sem ti mas vens sempre procurar-me na esperança de me conseguires devorar mais um bocado. Não. Tudo isto já foi suficiente.

 
 
 

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